segunda-feira, 16 de julho de 2007

Fui diblado

Fatores que acontecem dentro e fora do campo quase sempre se refletem no detalhe de um lance. Poderia ter mais calma. Poderia ter passado a bola. Poderia ter seguido um pouco mais. Mas o grande fato é: gol é bola na rede. E isso continua fora da realidade desse humilde dibladô que escreve. O jogo foi duro, afinal, era contra um time pequeno que insistia em jogar nos contra ataques. Mas uma ofensiva bem articulada, belíssima jogada pela direita. A defesa saiu, para fazer a linha do impedimento e deixou a meta totalmente desguarnecida. Inevitável: 1 a 0 para eles. Era hora de ter calma, de pensar muito bem o que fazer. Terminando nesse placar pelo menos evitava de tomar uma goleada o que garantiria o saldo para as próximas rodadas.
A decisão foi tomada: vamos para cima. Depois de passada a mensagem aos companheiras era hora de colocar uma estratégia mais agressiva em campo, com pensamento no empate. Na verdade, com pensamento na vitória. Não poderia voltar para a casa sem os três pontos. Muitas chances de gol, simplesmente o time não voltava do meio de campo. Era bola cruzada na área, escanteio. Chute de longe, bola na trave. Mas um momento, em determinada situação de jogo resolvi decidir tudo sozinho. Sabia que alcançar a glória dependia de mim e de mais ninguém. Diblei para um lado, diblei para o outro, mas o espaço não abria. Mais um dible e mais outra. Outro e outro. Seguidos dibles, até que o erro fatal: tentei forçar a passagem pelo meio. O juiz apita. Falta. Apita de novo. Fim de jogo. Continuo sem fazer gols. Espero que a má fase passe logo.

Enfim, fui diblado.

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